Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica

Fóruns Digitais 2022

A Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica da USP continuará oferecendo em 2022 atividades virtuais e gratuitas para professores do ensino básico, estudantes de licenciatura, pesquisadores e outros interessados na área.

 

O Fórum Digital, segundo nossa equipe docente, é um espaço aberto ao grande público, com debates sobre grandes temas, sem apresentações pré-programadas. Espera-se a presença de convidados externos, com compartilhamento de histórias pessoais e "lugares de fala". Como é usual em nossas atividades, há debates e respostas em tempo real.


Os Fóruns Digitais são independentes, cabendo ao interessado escolher qual ou quais deseja assistir (confira datas e horários abaixo). A transmissão será sempre pelo canal da Cátedra no YouTube, e não será preciso se inscrever.

 

Serão concedidos atestados de participação para cada Fórum Digital. Os interessados deverão preencher um formulário enviado durante a transmissão. Leia nosso guia de orientações clicando aqui.

PROGRAMAÇÃO

Desafios para a Infância e Adolescência na Era Digital

05 de outubro, das 19h às 21h30

Novas tecnologias digitais têm papel fundamental no desenvolvimento da educação, possibilitando que ela chegue em áreas remotas, capacite professores e permita o uso de materiais pedagógicos que não seriam possíveis sem a internet. Os benefícios para crianças e adolescentes são inúmeros, mas há riscos e o desafio que se coloca é como garantir a proteção dos direitos deste grupo, ao mesmo tempo em que se assegura o seu acesso às potencialidades desses recursos.  Assim, se por um lado temos que o acesso a equipamentos conectados à internet é material escolar básico para que estudantes adquiram habilidades essenciais para o exercício da cidadania no século XXI, bem como ampliem as suas vozes, aprendizados e participação social, temos que a utilização massiva da internet por crianças e adolescentes preocupa no que diz respeito aos impactos em sua saúde, privacidade, desenvolvimento e segurança. Na sociedade adultocêntrica atual, crianças tornaram-se objeto de exploração e abuso por diversas instituições e pessoas, inclusive familiares.

Além de regulação que imponha adequação dessas tecnologias aos direitos e interesses das crianças e adolescentes, é preciso preparar cidadãos críticos e autônomos que vão usufruir em segurança e com responsabilidade a Era Digital cujo início estamos testemunhando.

 

Este fórum digital, que terá tradução simultânea em Libras, trará especialistas de diversas áreas para refletir sobre os desafios e caminhos para alcançar a proteção de crianças e adolescentes na internet.

 

Palestrantes:

 

- Ayla Santos (adolescente da Imprensa Jovem)

- Cristiano Nabuco (criador do Núcleo de transtornos tecnológicos do IPq/USP)

- Demi Getschko (diretor-presidente do NIC.br e conselheiro do CGI.br)

- Isabella Henriques (diretora executiva do Instituto Alana)

- Jeni Shih (cientista da computação, ex-IBM/ Watson)

- Roseli de Deus Lopes (vice-diretora do IEA e professora da EP/USP)

- Sirlene Fernandes da Silva (promotora de justiça na vara da infância - MP/SP)

 

Mediação: Ana Estela Haddad e Sandra Regina Cavalcante

Realização: Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica e NAP Escola da Metrópole/ IEA-USP

Aprendizagem Baseada em Problemas e Projetos

08 de junho, das 19h às 21h30

O Fórum propõe uma conversa com educadores e alunos que juntos buscam soluções para problemas reais por meio do desenvolvimento de projetos. Ouviremos as vozes de representantes de diferentes localidades do Brasil que, buscando oportunidades para uma vida e/ou ambientes melhores, se puseram a observar e pensar sobre os problemas locais para em seguida buscar, desenvolver, aplicar e avaliar saídas, explicações e novas propostas.

Abertura:

- David Cavallo

É Diretor e Principal Pesquisador do Centro de Innovación y Diseño Avanzado (Cinnda) no Chile e Co-Diretor do Mindful Making Lab no UDD, Chile, onde se dedica à pesquisa e ao desenvolvimento de novas tecnologias e metodologias
aplicadas ao desenvolvimento de comunidades mais justas, ecológicas e equitativas. Pesquisador  na área de computação e aprendizagem obteve seu Ph.D. e S.M. no MIT Media Lab com Seymour Papert como seu orientador, local onde
também foi professor e co-dirigiu o Future of Learning Group. Na ONG OLPC como primeiro diretor na América Latina, Chief Learning Architect and Vice President of Education tinha o objetivo de transformar a educação para crianças em todo o mundo, criando laptops de baixo custo, ecológicos, com software livre e novos conteúdos para países em desenvolvimento. Foi o Enterprise Software Architect da Harvard University Health Services, onde projetou e liderou a implementação de um sistema de informática médica e melhoria da saúde. Ele foi o principal engenheiro de software no Artificial Intelligence Technology Center da Digital Equipment Corporation, bem como engenheiro de software em outras empresas. No Brasil contribuiu com diversos projetos, dentre eles “A cidade que a gente quer” na SME/SP e o UCA.

Relatos de professores:
 

- Antonio Serginaldo Oliveira

Graduado em ciências sociais pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, professor da Rede Estadual de ensino há 10 anos. Ganhador do prêmio professor nota 10 da feira do Semiárido Potiguar no ano de 2017 e vencedor do
Prêmio professor destaque da FEBRACE 2022.

- Fábio Gomes da Silva

Licenciatura em Ciência - Biologia e Química - UFAM. Segunda Graduação em Pedagogia - Intervale. Especialista em Metodologia da Pesquisa, Biologia e Química - UCAM. Especialista em Letramento Digital - UEA. Mestre e Doutor em Ciências da Educação - UNADES. Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional –-UNISC.

- Flávia Twardowski

Graduada em Engenharia de Alimentos pela UFRGS, mestre em Ciência e Tecnologia e doutora em Engenharia de Produção pela UFRGS. Extensão universitária em English and STEM Integrated Instruction, San Francisco State University. Hoje é diretora geral do IFRS – Campus Osório.

Marcelo Barbosa Almeida

Professor de Biologia e Gestor da ETEAAS (Campos dos Goytacazes/RJ); líder do projeto “Horta Girassol Esperança”, com atendimento a insegurança alimentar e vulnerabilidade social comunitária. Também Professor de Ciências e Coordenador de Projetos Educacionais da SEMEC (S.J. Barra/RJ), orientando programas de popularização da ciência. A proposta “STEAM” está presente em todas as ações.

Rodrigo Queiros de Almeida

Doutor em Física pela UFC, trabalhou com Microscopia de Força Atômica aplicada em nanodispositivos semicondutores. É Professor do IF do Ceará, em Juazeiro do Norte, atua na área de ensino de Física para o ensino médio e superior. Atualmente é coordenador do Comitê Olímpico Institucional do IFCE (COI-IFCE), onde desenvolve projetos que utilizam a abordagem STEAM aplicada em olimpíadas científicas (OBF, OBA e IYPT).

Sandra Seleri

É licenciada em química e bacharel em química industrial. Há 20 anos leciona em escola pública de ensino médio e desde 2011 orienta projetos de iniciação científica pré universitária. Em 2017 foi professora destaque na Febrace. Motivada pela
oportunidade de proporcionar aos jovens voos mais altos através da pesquisa.

Curadoria:

- Aldeni Melo de Oliveira

- Elmara Pereira de Souza

- Lana Paula Crivelaro Monteiro de Almeida

- Sandra Regina Cavalcante 

- Valkiria Venancio 

Cibercultura no Combate ao Racismo e à Discriminação Religiosa 

06 de abril, das 19h às 21h30

Pesquisadores, educadores e lideranças religiosas vão debater a intolerância religiosa no Brasil e como a escola, com a nova reformulação curricular, tem tratado deste assunto.

Segundo a equipe responsável pela curadoria, o objetivo é ampliar análises e debates com lideranças religiosas, professores da educação básica e superior, estudantes e ativistas, destacando o compartilhamento de histórias pessoais e os “lugares de fala”. Entre os temas e aspectos que serão abordados, estão as religiosidades africano-brasileiras, a ancestralidade, o racismo e o ciberativismo.

Palestrantes:
 

- Jaciara Ribeiro

 Yalorixá do terreiro Axé Abassá de Ogum, localizado na cidade de Salvador-BA, é um dos ícones da luta contra a intolerância religiosa no Brasil. É coordenadora do coletivo ìyá Àkobíode – Mulheres que transformam. Liderança política
financiada pelo Fundo Baobá no Programa de Aceleração de Lideranças Femininas – Marielle Franco. Idealizadora e presidenta da Feira Yá Legbará que atua no fortalecimento de empreendimento de mulheres negras em Salvador. Coordenadora de Gênero e Religião de Matriz Africana do Bloco Afro Malê Debalê e apresentadora do
programa “Candomblé e seus Caminhos”.

- Lindiwe Aguiar

Jornalista e Cineasta desde 1995, formada pelo Liceu de Artes e Ofícios da Bahia. Foi Educadora de audiovisual na Fundação Cidade Mãe por 8 anos coordenou  e ministrou oficinas de produção de mídias em diversas ONG’s e instituições de ensino na Bahia. Dirigiu vários documentários, entre eles, “Dalva – Uma Doutora do Samba”,

“Ebomi Cidália – A Enciclopédia do Candomblé” e “Tribunal do Júri na Bahia”. Possui diversos prêmios ao longo de sua carreira, como o 1° Lugar no concurso “A Imagem Em 5 Minutos” (1994), com o Clip "Enquadrocanto"; Top ecologia ADVB em 1996, com “História de Pescador” e, em 2015, recebeu o troféu de Bronze no Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. A Ogunjá Produção de Conteúdos e Vídeos é uma Produtora audiovisual e de diversos tipos de conteúdos - em todas as mídias, com atuação desde o ano 2000 localizada em Salvador - Bahia. É especializada em criação de conteúdos. É especializada em criação de conteúdos voltados para instituições culturais, ONG's, instituições governamentais.


- Lucio André Andrade da Conceição 

Assogbá do terreiro Vintém de Prata, Professor do Instituto Federal da Bahia - campus Valença. Licenciado em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia/UNEB, Mestre em Educação e Contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia/UNEB e Doutor em Difusão do Conhecimento pelo Programa de Doutorado Multi-institucional e Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento – DMMDC (UFBA/ UNEB/ IFBA/ SENAI/ CIMATEC/ UEFS).

- Nívia Luz 

Baiana, natural de Salvador, ativista cultural. Yalorixá do Terreiro Ilé Axé  Oyá. Bacharel em Turismo pela Fundação Visconde de Cairu (2007). Mestra em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia (2019). Foi bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa - Bahia. Gestora do Instituto Oyá de Arte Educação, uma organização sem fins lucrativos, fundada no âmbito do Terreiro. Compõe o Conselho administrativo do Instituto Brasileiro da Diversidade de São Paulo (IBD), que atua no combate as intolerâncias e em defesa da Diversidade. Pesquisadora da religião de matriz africana na Bahia - Candomblé. Tem experiência no Terceiro Setor, atuando principalmente nas áreas: gestão, coordenação pedagógica.

- Paulo Ferreira Filho – Alaramó 

Bacharel em Comunicação Social - Rádio e TV (UESC). Atua nas áreas de fotografia, design e audiovisual, atualmente com enfoque nas comunidades de terreiros da tradição Ijexá, tendo em 2019-2020 dirigido o seu primeiro documentário, intitulado "O Abebé Ancestral". No mesmo período, participou de um projeto (ICB-UESC), no qual registrou o cotidiano e as memórias dessa tradição no sul da Bahia. Além disso, em 2020, fez o sound design de "Alba Darabi in Candomblé", um longa-metragem que compõe a série "Brazil, the untold story", divulgada internacionalmente.

- Luzi Borges 

Doutora em Educação (UERJ). Professora Adjunta da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), vice coordenadora e docente do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação da UESC. Com 16 anos de experiência na Educação Básica: Gestão, Coordenação, docência na Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos e EAD. Foi formadora e consultora de projetos socioeducacionais com uso de interfaces digitais por 05 anos na Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado da Bahia. Coordenadora do Grupo de Pesquisa Cyberxirè: Redes Educativas, Juventudes e Diversidade na Cibercultura (UESC). Atualmente pesquisa: Redes Educativas, Educação Antirracista, Educação e Cibercultura, Educação e Diversidade: religiosidades afro, gênero, raça, classe, feminismos e seus ciberativismos e juventudes de Terreiros.

 

Curadoria:

- Mille Caroline Rodrigues Fernandes (IEA-USP/ Ilé Asé Omin Lessyarê)
- Luzi Borges (UESC/Ilé Asé Odé Omopondá Aladè Ijexá)
- Lúcio André Andrade da Conceição (IFBA/Terreiro Vintém de Prata)

Em breve mais informações sobre outros Fóruns Digitais.

Voltar ao topo